Onde dói

O povo brasileiro é mostrado para o mundo como gente hospitaleira, feliz, que adora uma festa e sempre recebe a todos de braços abertos. Eu não compartilho disso. Acho que a boa parte da sociedade é formada por pessoas egoístas, que só pensam em si e não são lá muito sociáveis.

Ao andar nas ruas, passar um dia no trânsito, já é suficiente para ver os sinais disso. Quase ninguém dá preferência ao pedestre, carros andam grudados uns nos outros, buzinas para todos os lados, motoqueiros que arracam espelhos retrovisores dos veículos, ônibus que se acham os donos da via. Enfim, é o caos.

Em Santos, foi lançado o projeto 'Faixa Viva'. Ele visa trazer mais segurança ao trânsito. Resumidamente, o pedestre se dirige a uma faixa para atravessar a rua em locais que não existem sinal, estica o braço e os motoristas são forçados a parar para dar passagem. Por enquanto, não tem dado lá muito certo. Cansei de ver gente passando sem dar passagem alguma.

Logo, devemos fazer com que o brasileiro entenda. Infelizmente, o povo só entende quando dói o principal orgão, o bolso. Se a faixa viva aplicasse multas, funcionaria que era uma maravilha. Já é assim com os corredores de ônibus da cidade. Mas, o projeto depende da cordialidade dos motoristas e por lá vai ficar.

Já em São Paulo, os condutores que desrespeitarem os pedestres na região central da cidade poderão ser multados. São infrações que podem render entre três a sete pontos na carteira e multas de até R$ 191,53.Dessa forma, logo o motorista será civilizado ao passar pelo local.

É triste, mas é a única forma das coisas darem certo. Se não dá para existir uma educação no trânsito, o governo impõe do jeito mais fácil e prático. Afinal, ninguém vai querer pagar quase 192 reais para cada vez que não der preferência ao pedestre.

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